segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Processo Seletivo LAIA 2016.2
Estão abertas as inscrições para o processo seletivo da Liga Acadêmica de Infectologia 2016.2
Venha fazer parte da nossa família!
Edital Processo Seletivo 2016.2
Venha fazer parte da nossa família!
Edital Processo Seletivo 2016.2
terça-feira, 1 de setembro de 2015
Processo Seletivo LAIA
Está aberto o processo seletivo da LAIA e você não pode ficar fora dessa.
“Porque a Infectologia deve ser, no mínimo, a ‘segunda especialidade’ de todo Médico Brasileiro.”
Atividades da Liga:
- Reuniões Quinzenais com participação ativa da nossa Coordenadora, Dra Rosângela Ribeiro
- Discussões de Casos Clínicos, modelo TBL
- Cursos Internos
- Projetos de Extensão e Assistenciais
- Produção Científica
- Estágio Ambulatorial
Link do Edital: http://www.itpac.br/arquivos/medicina/edital_laia.pdf
domingo, 2 de novembro de 2014
PNEUMOCISTOSE E AIDS: PROFILAXIA
Pneumonia é a manifestação clínica mais comum da infecção pelo Pneumocystis jirovecii em pacientes com aids.
A profilaxia primária da pneumocistose reduz o risco de sua ocorrência em aproximadamente nove vezes. A utilização de sulfametoxazol/trimetoprim na profilaxia primária da pneumonia por Pneumocystis jirovecii teve impacto na mortalidade por aids mesmo antes da utilização dos esquemas anti-retrovirais altamente ativos.
Tabela 1: Recomendações para prevenção da exposição a patógenos oportunistas
Agente infeccioso
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Recomendação
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Pneumocystis jirovecii
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Evitar contato direto com pessoas com pneumonia por P. jirovecii (evitar internação em quarto conjunto);
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Utilização de filtro especial na nebulização profilática de pentamidina.
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Tabela 2: Indicações de profilaxia primária de infecções oportunistas para pacientes imunossuprimidos.
Agente infeccioso
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1a Escolha
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Alternativas
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Pneumocystis jirovecii (CD4< 200)
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Sulfametoxazol-TMP 800/160 – um comprimido por dia
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SMZ-TMP 800/160 em dias alternados ou 3x/ semana; Dapsona 100 mg VO por dia Pentamidina por aerossol 300mg mensalmente (Nebulizador Respigard II)
|
Na
infecção pelo HIV, a profilaxia primária para pneumocistose é recomendada:
Para
pacientes com T-CD4 < 200 células/mm³ ou < 15% de linfócitos totais;
Presença
de candidíase oral;
Febre
indeterminada com mais de duas semanas de duração.
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Liga de Infectologia de Araguaína,
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PROFILAXIA
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
Pé Diabético Infectado
Pé diabético
A
definição da literatura para pé diabético é qualquer infecção inframaleolar em
pacientes com diabetes, incluindo, portanto, paroníquia, miosite, fasciite
necrotizante, entre várias outras condições, mas a mais importante lesão é o mal
perfurante plantar. Seu aparecimento depende de vários fatores, sendo que a
neuropatia periférica apresenta um papel fundamental.
A
neuropatia periférica facilita a perda da camada protetora de pele no membro
inferior. Essa perda leva o paciente a perder a sensação de dor, facilitando o
trauma repetido e, consequentemente, a exposição dos tecidos à colonização por
bactérias. Posteriormente, essa colonização pode evoluir para quadro infeccioso
que pode se estender para tecidos mais profundos.
Todo
este processo pode acontecer rapidamente em poucos dias ou até horas,
particularmente se o membro atingido sofre de isquemia local.
Microbiologia das infecções do pé diabético
Cocos
aeróbicos gram-positivos são os microrganismo predominantes em infecções por
ruptura de pele, sendo o S. aureus e os estreptococos ß-hemolíticos os mais
comumente isolados. Quando feridas crônicas se desenvolvem, a flora se torna
mais complexa, incluindo enterococos, enterobactérias, anaeróbios e Pseudomonas;
já em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos, o paciente pode ser
colonizado por estafilococos meticilino-resistentes ou enterococos
vancomicina-resistentes, o que pode implicar pior prognóstico.
Prevenção
Deve
ser recomendado aos pacientes diabéticos evitar andar descalço ou com calçados
abertos, em razão do risco de trauma. Calosidades devem ser tratadas por
podólogos e, caso haja deformidades, calçados específicos devem ser
recomendados após avaliação por especialista dos pés.
Tratamento
O
tratamento apropriado de infecção local é muito importante para a evolução
destes pacientes. Vale lembrar que a maior parte dessas infecções é
polimicrobiana, com cinco e, às vezes, até sete microrganismos envolvidos no
quadro infeccioso.
A
antibioticoterapia pode ser guiada por cultura de secreções locais em pacientes com lesões consideradas leves,
com celulite menor que 2 cm e infecção limitada a pele e tecido subcutâneo. A
cobertura deve ser dirigida para Staphylococcus aureus e estreptococos do grupo
A; nessa situação, podem-se utilizar cefalosporinas de primeira ou segunda
geração, amoxicilina com clavulanato ou clindamicina por sete a 14 dias, na
maioria dos casos, por via oral.
Os pacientes com lesões moderadas (celulite
maior que 2 cm, linfangite, abscesso profundo envolvendo músculos, tendões e
ossos) necessitam de cobertura antibiótica de maior amplitude incluindo agentes
gram-positivos, agentes gram-negativos e anaeróbios. Conforme a gravidade do
caso, é definido o uso de terapia endovenosa ou oral por duas a quatro
semanas(Ex.: ampicilina/sulbactam, cefalosporinas de 3° geração, ciprofloxacin/levofloxacino,
ertapenem, piperacilina/tazobactam associados a clindamicina).
As infecções consideradas graves, além de
apresentarem as condições descritas nas infecções moderadas, são acompanhadas
de instabilidade hemodinâmica ou metabólica. Nesses casos, a terapia deve ser
endovenosa e com ampla cobertura microbiana, incluindo a combinação de
ciprofloxacino e clindamicina; quando não se espera resistência aos
antibióticos ou carbapenêmicos, usa-se piperacilina/tazobactam associados a
vancomicina ou teicoplanina, por 2 a 4 semanas.
Avaliação
cirúrgica
A
avaliação cirúrgica deve ser considerada, pois alguns pacientes, mesmo com
poucos achados externos, podem desenvolver complicações importantes, como
fasciite necrotizante ou aparecimento de dor e hiperemia não explicada, membro
isquêmico e com necrose, perda de tecido, crepitações no exame do membro e
suspeita de abscesso profundo, quando há saída de grande quantidade de secreção
purulenta ao pressionar a úlcera.
Caso clínico
- Paciente de 46 anos, diabético, em uso de insulina NPH 30 U subcutânea pela manhã, evoluindo com lesão ulcerada perimaleolar à esquerda. A lesão é associada com área de hiperemia de cerca de 3 cm com saída de secreção purulenta e exposição de músculo e tendões.
- Úlcera maleolar com saída de secreção purulenta define a presença de infecção, portanto, temos um paciente com pé diabético.
REFERÊNCIAS:
BRANDÃO NETO,
R. A. Pé Diabético. Disponível em:
http://www.medicinanet.com.br/conteudos/casos/4162/pe_diabetico.htm. Acesso em
13 de Out. 2014.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFh1dbdC2VScxStD2PM5h5rEDlsVvZNX3T8NvIgKKrvVid41UZwE70XcP6kCSZHNHDHZMl0x_qGu2736B0MurvPMlUoV_te2YdkmI6HZuo2M_FiQcamdRP0hocOMFJ1CcM8oKH2fbC17Z1/s1600-h/pediabetico.jpg
sexta-feira, 18 de julho de 2014
O que é Criptococose?
Descrição:
- · É uma infecção fúngica que apresenta duas formas: cutânea e sistêmica.
Ø A forma cutânea aparece em 10% a 15%
dos casos (na maioria das vezes, precede a doença sistêmica) e é caracterizada
por manifestações de lesões acneiformes, rash cutâneo, ulcerações ou massas
subcutâneas que simulam tumores.
Ø A forma sistêmica, frequentemente,
aparece como uma meningite subaguda ou crônica, caracterizada por febre,
fraqueza, dor no peito, rigidez de nuca, dor de cabeça, náusea e vômito,
sudorese noturna, confusão mental e alterações de visão. Pode haver
comprometimento ocular, pulmonar, ósseo e, às vezes, da próstata.
Sinônimos:
- · Torulose, blastomicose europeia.
Agente Etiológico
- Um fungo, o cryptococcus neoformans, nas variedades neoformans ( sorotipo A e D) e gatti( sorotipo b e c).
- O C. neoformans, variação neoformans sorotipo A, é responsável por mais de 90% das infecções nos pacientes com aids no Brasil, enquanto a variedade gatti acomete, principalmente, indivíduos sem imunossupressão aparente.
Características Epidemiológicas
· Doença
cosmopolita, de ocorrência esporádica. Geralmente, acomete adultos e é duas
vezes mais frequente no gênero masculino. A infecção pode ocorrer em animais
(gatos, cavalos, vacas). A suscetibilidade é geral, mas parece que a raça
humana apresenta uma notável resistência. A suscetibilidade aumenta com o uso
prolongado de corticosteroide, na vigência de aids, Hodgkin e sarcoidose.
Reservatório
· Fungo
saprófita que vive no solo, em frutas secas e cereais e nas árvores; e isolado
nos excrementos de aves, principalmente pombos.
· Desconhecido.
O comprometimento pulmonar pode anteceder, em anos, ao acometimento cerebral.
Período de Transmissibilidade
·
Não há transmissão homem a homem, nem de animais ao
homem.
Figura 1: Modo de transmissão da criptococose. |
Complicações
· O fungo pode viver como saprófita na árvore
brônquica, podendo expressar-se clinicamente na vigência de imunodeficiência.
Cerca de 5 a 10% dos pacientes com aids são acometidos por essa micose. A
meningite causada pelo Cryptococcus, se não tratada a tempo, pode causar
a morte.
Diagnóstico
· O
diagnóstico é clínico e laboratorial e a confirmação e feita com a evidenciação
do criptococo pelo uso de “tinta da
China” (nankin), que torna
visíveis formas encapsuladas e em gemulação em materiais clínicos. Essa técnica
é a consagrada para o diagnóstico das meningites criptocócicas (exame do LCR).
Pode-se isolar o criptococo, também, na urina ou no pus, em meio de
agar-Sabouraud.
· A sorologia, no LCR e no soro, e a histopatologia podem ser úteis. A radiografia de tórax pode ajudar no
diagnóstico, podendo ou não ser usada para confirmar a doença, demonstrando
danos pulmonares, revelando massa única ou nódulos múltiplos distintos.
Diagnóstico Diferencial
· Toxoplasmose,
tuberculose, meningoencefalites, sífilis, sarcoidose, histoplasmose e linfomas.
Notificação
·
Não é doença de notificação compulsória.
Medidas
de Prevenção
· Até o momento, não existem medidas preventivas
específicas, a não ser atividades educativas com relação ao risco de infecção.
Medidas de controle de proliferação de pombos devem ser implementadas. Assim,
nas áreas com grande numero de pombos, deve-se diminuir a disponibilidade de
alimento, água e, principalmente, abrigos, visando reduzir a população. Os
locais com acúmulo de fezes devem ser umidificados para que os fungos possam
ser removidos com segurança, evitando a dispersão por aerossóis. Não há necessidade
de isolamento dos doentes. As medidas de desinfecção de secreção e fômites
devem ser as de uso hospitalar rotineiro.
REFERÊNCIAS:
Ministério
de Saúde. Doenças Infecciosas e Parasitárias: guia de bolso. 8 ed. Brasília:
Ministério da Saúde, 2010.
terça-feira, 24 de junho de 2014
Coqueluche : Uma doença de Neonatos, Crianças , Adolescentes e Adultos.
Globalmente,
a coqueluche (pertussis) ainda é uma importante causa de morte na
infância e continua a ser uma preocupação de saúde pública, mesmo em países com
alta cobertura vacinal. Em 2008, mais de 80% dos neonatos em todo o mundo
receberam três doses de vacinas contra coqueluche. Apesar
disso, 15 milhões de casos dessa doença foram registrados em todo o mundo, 95%
deles em países em desenvolvimento, levando a óbito cerca de 200.000 crianças.
Antes do desenvolvimento da vacina de células
inteiras mortas e da implementação de imunizações em massa, na década de 50, a
coqueluche foi a principal causa de mortalidade infantil. A utilização da vacina contra
coqueluche levou a uma redução significativa na incidência da enfermidade na
criança. Essa mudança no perfil epidemiológico resultou em aumento no número de
casos em adolescentes e adultos, consequente à perda da imunidade conferida
pela doença ou por vacina após cerca de 10 anos.
Diversas
evidências científicas têm demonstrado que a infecção pela B. pertussis não confere
imunidade duradoura, assim como não é duradoura a imunidade induzida por vacinas.
A incorporação de uma quinta dose da vacina contra pertússis na Austrália, assim como é vigente no Brasil, reduziu a
incidência da enfermidade em crianças entre 5 e 10 anos de idade, aumentando naquelas
entre 12 e 14 anos. Esse deslocamento da faixa etária constitui um claro indício
da não aquisição de imunidade duradoura.
A
perda da imunidade após cerca de 10 anos do recebimento da última dose da vacina
torna o adolescente suscetível à infecção, o que tem sido demonstrado em
recentes dados epidemiológicos.
Os
adolescentes e adultos frequentemente servem de fonte da infecção para os
lactentes, conforme tem sido observado em estudos.
No futuro, a coqueluche poderá ser transmitida para
adultos jovens, ou seja, para mãe e pais de neonatos prematuros, e vacinações de adultos jovens poderão se tornar uma medida necessária.
FONTES:
CARVALHO, Aroldo P. de; PEREIRA, Eliana Mara Cesário. Vacina acelular contra pertússis para adolescentes. Jornal de Pediatria. Rio de Janeiro, v. 82, n.(3 Suppl), p.15-24, 2006.
KORPPI, M. Coqueluche- ainda um desafio. Jornal de Pediatria. Rio de Janeiro, p.89-520. 2013.
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