sábado, 18 de janeiro de 2014

Exame Acelera Diagnóstico da Hanseníase

Diagnosticar a hanseníase logo em seu estágio inicial, aumentando a chance de cura dos pacientes antes de qualquer comprometimento dos nervos. Este é o objetivo de um novo método diagnóstico para a doença, baseado na percepção de calor e frio, empregado na Faculdade de Medicina da UFMG pelo neurofisiologista clínico Manoel de Figueiredo Villarroel.


 No vídeo abaixo você acompanha uma reportagem, feita com o Neurofisiologista, a qual aborda detalhes deste novo método.



O novo exame utiliza versão adaptada de um aparelho israelense usado no estudo de doenças que afetam os nervos. Consiste na chamada Placa de Peltier, formada por semicondutores e ligada a um sistema computadorizado. O arranjo permite que a placa esquente ou esfrie de acordo com a direção da corrente elétrica aplicada. “Em uma lesão de pele, como um dos primeiros sinais de hanseníase é a perda de sensibilidade à temperatura, pode-se, com esse método, quantificar a perda da sensibilidade térmica e dolorosa. Dessa maneira é possível determinar como está a percepção do paciente suspeito de ter a doença”, explica Villarroel. A perda de sensibilidade é traduzida em números, que podem ser usados futuramente para comparações.

Para realizar o teste, o estimulador térmico é colocado sobre a lesão de pele suspeita do paciente, e vai esquentando ou resfriando com o tempo. Quando o paciente sente a alteração da temperatura, interrompe o exame. O mesmo procedimento é repetido na pele normal, quando então é feita a comparação. “Se a percepção do calor ou frio afasta-se muito do normal, a chance do paciente estar com a doença é muito alta”, afirma o autor da tese. “Aqueles com hanseníase não percebem o calor até cerca de 50º, nem o frio até cerca de 0º, enquanto o normal seria a percepçãodo calor até 36º e sensação do frio até 28º”. O pesquisador acompanhou, por cinco anos, 108 pacientes de diferentes unidades de atendimento em Belo Horizonte. Dessa forma, pôde comprovar que esse teste apresenta sensibilidade muito superior que o tradicional, que avalia a sensibilidade pelo tato.
O instrumento utilizado ainda é caro, mas já existe um esforço para barateá-lo. “Existem pesquisas em São Paulo e no Programade Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (Engenharia Biomédica) da UFMG, para compactar e reduzir os custos do aparelho, possibilitando a produção em massa e a preço mais acessível”, afirma Villarroel.

Este é o método empregado hoje na rede pública de saúde. Consiste em dois tubos com água quente e água gelada que são aplicados na pele do paciente com suspeita de hanseníase avaliando assim a sensibilidade , no entanto esse método não apresenta grande eficácia quando comparado com o método desenvolvido pelo Neurofisiologista na UFMG. Imagem Disponível em: http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vCod=93735, Acesso em: 18/01/2014.   
 

Fontes: 
UFMG- Notícias: http://www.medicina.ufmg.br/noticias/?p=30112
Título: Estudo comparativo entre os limiares de dor e percepção do calor e frio e o limiar tato-pressão em lesões de pele sugestivas de hanseníase, no período de 2000 a 2005, em Belo Horizonte
Nível: Doutorado
Autor: Manoel de Figueiredo Villarroel
Orientador: Carlos Maurício de Figueiredo Antunes
Programa: Infectologia e Medicina Tropical
Defesa: 02 de agosto de 2012

 

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